Esses côcos e farinha de mandioca são exemplos de ofertas dos moçambicanos de Inhambane. Eles ofertam o que têm ao Senhor...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Março e Abril

“Pois somos feitura d’Ele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”
Efésios 2:10

“Aconselho-te a comprares de mim ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres ...” 

Guinjata - Armindo e Catarina
Um belo dia, estávamos fazendo um culto em Massavana e tivemos uma visita de uma prima do José, chamada Catarina, que mora em Guinjata (relativamente próximo de Massavana). Ela esteve lá quando Alexandre foi batizado, o primeiro batismo desde que começamos a fazer os estudos em Massavana. Ela viu tudo e até me questionou sobre batismo, que gostaria de entender melhor e ouvir mais sobre a Palavra de Deus, mas como morava longe dali, ficava difícil estar sempre lá.
Meses depois, ela comentou com o José que gostaria que fôssemos em sua casa ensinar sobre Jesus, mas que ela ainda iria convidar as pessoas pra que, quando fôssemos lá, já tivesse um grupo esperando para ouvir de Jesus. Logo, uma ou duas semanas depois marcamos de ir à Guinjata para conversar com a Catarina e marcar o melhor dia e horário para iniciar as reuniões. O avô dela disse que seria melhor conversar com o líder comunitário, pedindo uma espécie de autorização para que pudéssemos pregar sem problemas. O Luiz foi com ele até o líder comunitário e o secretários do bairro e foram muito bem recebidos. O secretário até disse que gostaria de participar dos estudos e que estaria lá quando começasse. 
O mesmo também indicou que seria ideal que fôssemos até o distrito de Jangamo (aqui as províncias - como se fosse um Estado - têm vários distritos e os distritos têm cidades ou às vezes é só dividido em bairros) para ter essa autorização legalizada e documentada; e disse que se tivéssemos "sorte" em dois dias estaria pronto. No dia seguinte, o Luiz e o José foram ao Distrito e, chegando lá, o administrador não estava. Durante este processo, o secretário leu o documento e o motivo da requisição. Eles esperaram pelo administrador. Trinta minutos depois, o administrador chegou, mas, minutos depois, disse que já estava de saída. Então, o secretário foi até ele e explicou a situação e ele prontamente assinou e foi embora. Pronto! Já tínhamos o documento em mãos em pouco menos de uma hora! Deus é muito bom!
Na quarta seguinte, fomos para o primeiro estudo em Guinjata. Tinham quase vinte pessoas, fora as crianças! Logo no primeiro estudo, o Luiz observou o Armindo, pois era um rapaz jovem (vinte e três anos de idade) e que acompanhava muito bem a reunião. No segundo estudo, antes de iniciarmos, o Luiz perguntou quem lembrava do estudo anterior e pediu para contar. Armindo respondeu que lembrava e começou a falar todas as palavras exatamente como está na Bíblia, sem olhar, como se tivesse decorado mesmo! Foi incrível! (Note-se que aqui em Moçambique não é normal isso. As pessoas esquecem muito rápido, não têm uma memória muito forte e podemos dizer talvez que não tem "aquele" interesse também). Por isso, foi impressionante quando ele contou tudo perfeitamente, como se estivesse ensinando as pessoas! Glórias a Deus! Então, durante o estudo, Armindo perguntou como poderia fazer para ser batizado e daí o Luiz decidiu ensinar sobre batismo no estudo seguinte, mas já deu uma "lição de casa" para ele: ler algumas escrituras. No estudo seguinte, o Luiz ensinou sobre batismo e ao fim do estudo estavam Armindo e Catarina conversando e chamaram Luiz para fazer uma pergunta: "Como podemos fazer para chegar até a fase do batismo?" 
A partir daí começamos a ensinar eles dois separadamente o que era o batismo, o que era pecado, o motivo do batismo... Ensinamos por algumas vezes e eles entenderam bem rápido! Então, na sexta-feira passada estivemos lá e fizemos nosso último estudo antes do batismo. O Armindo disse que já estava pronto, que poderia ser batizado naquele dia mesmo, mas Catarina disse que ainda precisava orar mais e pedir perdão pelos pecados que ela acabara de saber que tinha cometido e então marcaram o batismo para a próxima quarta-feira. Na quarta seguinte, chegamos e Armindo disse que pediu perdão para as pessoas que ofendeu e deu ofertas de paz e, recebeu perdão. Até sua mãe (que não mora com ele, mas na cidade) compareceu ao batismo e ficou bem feliz! Fizemos um breve estudo e fomos para a praia. Lá, ao esperar pelos outros que estavam vindo à pé, uma moça me questionou sobre batismo, que gostaria de entender e ser batizada também. Eu comecei a explicar para ela algumas coisas. Quem sabe, esse não é o próximo fruto? Em um mar bem revolto, o Armindo e a Catarina foram batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo para a glória e honra de Deus!! Depois, passamos o dia todo lá, com um bom tempo de comunhão e almoço ao modo deles! Foi um dia muito especial!
Agora, temos mais uma igreja que cresce na região de Guinjata! Aleluia!

“Aconselho-te que de mim compres vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez ...” 

Visita do Gerald
Então, tivemos a visita do irmão Gerald, que veio em uma viagem missionária no norte de  Moçambique, pois está pensando em se tornar missionário por aqui. Ele foi missionário no Brasil por doze anos e em Portugal por sete anos e fala muito bem português. Ele aproveitou e veio nos visitar, ficando aqui uns quatro dias somente para nos encorajar, ver um pouco o nosso trabalho e ver de perto quais eram as necessidades que ele podia estar em oração.
     Durante o tempo em que o Gerald ficou aqui, tivemos uma reunião de oração e adoração com os missionários da região. Estavam presentes os brasileiros de Minas Gerais Eduardo e Cláudia (missionários da igreja Metodista), médico e bióloga respectivamente;  casal Sul Africano Jan e Riana com o seu filho Gidean. O Scott, Lisa, suas crianças; Fernanda e eu também estávamos e pudemos adorar a Deus juntos e experienciar a unidade do corpo, com denominações diferentes.


Dna. Cacilda
Em janeiro deste ano, iniciamos a construção de algumas casas para algumas viúvas que sofreram um incêndio, mas ficou faltando uma casa, que, para a glória do Senhor, foi terminada no mês de março.
Um grupo de quinze cristãos se reuniu e terminou a casa da Dona Cacilda em um sábado inteiro de trabalho.




O mês de abril começou com a viagem do Scott para Zimbábue. Ele foi para ensinar alguns pastores de algumas igrejas que a AOM ajudou a começar. Ficou lá por volta de quinze dias e voltou já com o pastor de uma igreja parceira da missão da cidade de Katy, o David Ruzicka. A estada do grupo de Katy foi contada com detalhes no post anterior.
No final, fomos deixá-los na África do Sul e então, depois fomos para a cidade de Nelspruit, onde tínhamos que fazer nossas compras para os meses que seguiam. Sempre quando vamos pra lá, ficamos em uma "guest house" só para missionários. Pagamos uma taxa simbólica e podemos ter café da manhã e jantar, além de um quarto confortável e um ótimo convívio com cristãos de todos os lugares do mundo. Até conhecemos uma família brasileira que estava lá para ter sua segunda filha. A Ester tinha nascido há uns dez dias e no dia seguinte já estariam voltando para Moçambique onde estão há quase três anos.

Favor de Deus 
“Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o favor do SENHOR.”
Provérbios 8:35
Na manhã seguinte fomos às compras. Precisávamos de algumas coisas que não sabíamos onde poderíamos encontrar, pois ainda não conhecíamos bem a cidade. Então, paramos em uma loja, perguntamos para o vendedor se vendia tal produto, mas ele disse que não vendiam. Enquanto isso, um cliente que estava ao nosso lado disse que poderíamos encontrar em tal loja, que ficava em tal lugar. Ele tentou nos explicar, mas como não conhecíamos, foi um pouco difícil. Então, perguntou de onde éramos, onde estávamos morando e quando falamos que estávamos em Inhambane, ele ficou surpreso, pois está construindo uma pousada na cidade! Então, nos disse de um local onde vende vegetais em atacado. Nos perguntou se estávamos de carro e disse: Vamos, eu levo vocês lá! Antes, pagou uma bebida para cada um de nós e fomos... Então, entramos no carro e ao chegarmos nesse local, ele nos apresentou à um moçambicano que trabalhava lá, que aparentemente era chefe e nos perguntou se queríamos comprar cebola, batata... E disse para pegarmos um saco grande de cebola e um de batata, e que era pela conta dele.(!) Nós não estávamos entendendo e até meio sem graça de ganhar dois sacos de vegetais assim, de graça. Logo, ele nos pergunta se queríamos frutas como uvas, maçãs... Nos levou à um outro setor e perguntou se queríamos uvas bordôs ou verdes. Escolhemos pelas bordôs e ele nos separou uma caixa. Perguntou se queríamos maçãs e também nos separou outra caixa grande. Esse homem não nos deixou pagar, e disse que era um prazer nos ajudar, que éramos estrangeiros e que, se um dia estivesse em Inhambane, poderíamos retribuir ajudando ele também. Ao sair, foi num local pra comprar jornal e saiu de lá com um saco de pão pra nós e outro pra ele. Nos levou até sua casa, onde deixou o que tinha comprado pra ele e com hospitalidade, até perguntou se queríamos algo pra beber ou comer... Nos levou na loja onde poderíamos comprar o produto que queríamos, nos apresentou aos donos...
Enfim, estávamos pensando sobre isso e então lembramos... antes de entrar naquela loja onde o conhecemos, paramos e oramos, pedindo pra Deus nos ajudar e nos guiar nos lugares, uma vez que não conhecíamos bem a cidade. Só havia uma explicação: favor de Deus! Ele não só nos guiou, como colocou no coração desse homem pagar um monte de coisas para nós! Depois, ele nos disse que fazia parte do conselho municipal dos esportes de Nelspruit. Glórias a Deus por esse homem chamado Sham, e pedimos orações por ele, uma vez que não tem Jesus como seu Senhor e Salvador, mas é bem provável que sirva a Alá... (ele nos levou a uma loja de mussulmanos e era bem íntimo deles, por isso supomos que ele também o é. De qualquer forma, sabemos que ele não é cristão...)
Passamos alguns dias na cidade, comprando várias coisas e pudemos conhecer melhor a cidade também! Além de termos conhecido alguns americanos que chegaram na guest house depois e foi uma benção.
Voltamos à Moçambique e graças à Deus na fronteira foi tranquilo e sem estresse, como tinha sido da última vez, quando passamos com a Nina...

Glórias a Deus por mais esses meses do Senhor aqui em Inhambane - Moçambique!

“Aconselho-te que de mim compres colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.” Apocalipse 3:18

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