Esses côcos e farinha de mandioca são exemplos de ofertas dos moçambicanos de Inhambane. Eles ofertam o que têm ao Senhor...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Março e Abril

“Pois somos feitura d’Ele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”
Efésios 2:10

“Aconselho-te a comprares de mim ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres ...” 

Guinjata - Armindo e Catarina
Um belo dia, estávamos fazendo um culto em Massavana e tivemos uma visita de uma prima do José, chamada Catarina, que mora em Guinjata (relativamente próximo de Massavana). Ela esteve lá quando Alexandre foi batizado, o primeiro batismo desde que começamos a fazer os estudos em Massavana. Ela viu tudo e até me questionou sobre batismo, que gostaria de entender melhor e ouvir mais sobre a Palavra de Deus, mas como morava longe dali, ficava difícil estar sempre lá.
Meses depois, ela comentou com o José que gostaria que fôssemos em sua casa ensinar sobre Jesus, mas que ela ainda iria convidar as pessoas pra que, quando fôssemos lá, já tivesse um grupo esperando para ouvir de Jesus. Logo, uma ou duas semanas depois marcamos de ir à Guinjata para conversar com a Catarina e marcar o melhor dia e horário para iniciar as reuniões. O avô dela disse que seria melhor conversar com o líder comunitário, pedindo uma espécie de autorização para que pudéssemos pregar sem problemas. O Luiz foi com ele até o líder comunitário e o secretários do bairro e foram muito bem recebidos. O secretário até disse que gostaria de participar dos estudos e que estaria lá quando começasse. 
O mesmo também indicou que seria ideal que fôssemos até o distrito de Jangamo (aqui as províncias - como se fosse um Estado - têm vários distritos e os distritos têm cidades ou às vezes é só dividido em bairros) para ter essa autorização legalizada e documentada; e disse que se tivéssemos "sorte" em dois dias estaria pronto. No dia seguinte, o Luiz e o José foram ao Distrito e, chegando lá, o administrador não estava. Durante este processo, o secretário leu o documento e o motivo da requisição. Eles esperaram pelo administrador. Trinta minutos depois, o administrador chegou, mas, minutos depois, disse que já estava de saída. Então, o secretário foi até ele e explicou a situação e ele prontamente assinou e foi embora. Pronto! Já tínhamos o documento em mãos em pouco menos de uma hora! Deus é muito bom!
Na quarta seguinte, fomos para o primeiro estudo em Guinjata. Tinham quase vinte pessoas, fora as crianças! Logo no primeiro estudo, o Luiz observou o Armindo, pois era um rapaz jovem (vinte e três anos de idade) e que acompanhava muito bem a reunião. No segundo estudo, antes de iniciarmos, o Luiz perguntou quem lembrava do estudo anterior e pediu para contar. Armindo respondeu que lembrava e começou a falar todas as palavras exatamente como está na Bíblia, sem olhar, como se tivesse decorado mesmo! Foi incrível! (Note-se que aqui em Moçambique não é normal isso. As pessoas esquecem muito rápido, não têm uma memória muito forte e podemos dizer talvez que não tem "aquele" interesse também). Por isso, foi impressionante quando ele contou tudo perfeitamente, como se estivesse ensinando as pessoas! Glórias a Deus! Então, durante o estudo, Armindo perguntou como poderia fazer para ser batizado e daí o Luiz decidiu ensinar sobre batismo no estudo seguinte, mas já deu uma "lição de casa" para ele: ler algumas escrituras. No estudo seguinte, o Luiz ensinou sobre batismo e ao fim do estudo estavam Armindo e Catarina conversando e chamaram Luiz para fazer uma pergunta: "Como podemos fazer para chegar até a fase do batismo?" 
A partir daí começamos a ensinar eles dois separadamente o que era o batismo, o que era pecado, o motivo do batismo... Ensinamos por algumas vezes e eles entenderam bem rápido! Então, na sexta-feira passada estivemos lá e fizemos nosso último estudo antes do batismo. O Armindo disse que já estava pronto, que poderia ser batizado naquele dia mesmo, mas Catarina disse que ainda precisava orar mais e pedir perdão pelos pecados que ela acabara de saber que tinha cometido e então marcaram o batismo para a próxima quarta-feira. Na quarta seguinte, chegamos e Armindo disse que pediu perdão para as pessoas que ofendeu e deu ofertas de paz e, recebeu perdão. Até sua mãe (que não mora com ele, mas na cidade) compareceu ao batismo e ficou bem feliz! Fizemos um breve estudo e fomos para a praia. Lá, ao esperar pelos outros que estavam vindo à pé, uma moça me questionou sobre batismo, que gostaria de entender e ser batizada também. Eu comecei a explicar para ela algumas coisas. Quem sabe, esse não é o próximo fruto? Em um mar bem revolto, o Armindo e a Catarina foram batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo para a glória e honra de Deus!! Depois, passamos o dia todo lá, com um bom tempo de comunhão e almoço ao modo deles! Foi um dia muito especial!
Agora, temos mais uma igreja que cresce na região de Guinjata! Aleluia!

“Aconselho-te que de mim compres vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez ...” 

Visita do Gerald
Então, tivemos a visita do irmão Gerald, que veio em uma viagem missionária no norte de  Moçambique, pois está pensando em se tornar missionário por aqui. Ele foi missionário no Brasil por doze anos e em Portugal por sete anos e fala muito bem português. Ele aproveitou e veio nos visitar, ficando aqui uns quatro dias somente para nos encorajar, ver um pouco o nosso trabalho e ver de perto quais eram as necessidades que ele podia estar em oração.
     Durante o tempo em que o Gerald ficou aqui, tivemos uma reunião de oração e adoração com os missionários da região. Estavam presentes os brasileiros de Minas Gerais Eduardo e Cláudia (missionários da igreja Metodista), médico e bióloga respectivamente;  casal Sul Africano Jan e Riana com o seu filho Gidean. O Scott, Lisa, suas crianças; Fernanda e eu também estávamos e pudemos adorar a Deus juntos e experienciar a unidade do corpo, com denominações diferentes.


Dna. Cacilda
Em janeiro deste ano, iniciamos a construção de algumas casas para algumas viúvas que sofreram um incêndio, mas ficou faltando uma casa, que, para a glória do Senhor, foi terminada no mês de março.
Um grupo de quinze cristãos se reuniu e terminou a casa da Dona Cacilda em um sábado inteiro de trabalho.




O mês de abril começou com a viagem do Scott para Zimbábue. Ele foi para ensinar alguns pastores de algumas igrejas que a AOM ajudou a começar. Ficou lá por volta de quinze dias e voltou já com o pastor de uma igreja parceira da missão da cidade de Katy, o David Ruzicka. A estada do grupo de Katy foi contada com detalhes no post anterior.
No final, fomos deixá-los na África do Sul e então, depois fomos para a cidade de Nelspruit, onde tínhamos que fazer nossas compras para os meses que seguiam. Sempre quando vamos pra lá, ficamos em uma "guest house" só para missionários. Pagamos uma taxa simbólica e podemos ter café da manhã e jantar, além de um quarto confortável e um ótimo convívio com cristãos de todos os lugares do mundo. Até conhecemos uma família brasileira que estava lá para ter sua segunda filha. A Ester tinha nascido há uns dez dias e no dia seguinte já estariam voltando para Moçambique onde estão há quase três anos.

Favor de Deus 
“Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o favor do SENHOR.”
Provérbios 8:35
Na manhã seguinte fomos às compras. Precisávamos de algumas coisas que não sabíamos onde poderíamos encontrar, pois ainda não conhecíamos bem a cidade. Então, paramos em uma loja, perguntamos para o vendedor se vendia tal produto, mas ele disse que não vendiam. Enquanto isso, um cliente que estava ao nosso lado disse que poderíamos encontrar em tal loja, que ficava em tal lugar. Ele tentou nos explicar, mas como não conhecíamos, foi um pouco difícil. Então, perguntou de onde éramos, onde estávamos morando e quando falamos que estávamos em Inhambane, ele ficou surpreso, pois está construindo uma pousada na cidade! Então, nos disse de um local onde vende vegetais em atacado. Nos perguntou se estávamos de carro e disse: Vamos, eu levo vocês lá! Antes, pagou uma bebida para cada um de nós e fomos... Então, entramos no carro e ao chegarmos nesse local, ele nos apresentou à um moçambicano que trabalhava lá, que aparentemente era chefe e nos perguntou se queríamos comprar cebola, batata... E disse para pegarmos um saco grande de cebola e um de batata, e que era pela conta dele.(!) Nós não estávamos entendendo e até meio sem graça de ganhar dois sacos de vegetais assim, de graça. Logo, ele nos pergunta se queríamos frutas como uvas, maçãs... Nos levou à um outro setor e perguntou se queríamos uvas bordôs ou verdes. Escolhemos pelas bordôs e ele nos separou uma caixa. Perguntou se queríamos maçãs e também nos separou outra caixa grande. Esse homem não nos deixou pagar, e disse que era um prazer nos ajudar, que éramos estrangeiros e que, se um dia estivesse em Inhambane, poderíamos retribuir ajudando ele também. Ao sair, foi num local pra comprar jornal e saiu de lá com um saco de pão pra nós e outro pra ele. Nos levou até sua casa, onde deixou o que tinha comprado pra ele e com hospitalidade, até perguntou se queríamos algo pra beber ou comer... Nos levou na loja onde poderíamos comprar o produto que queríamos, nos apresentou aos donos...
Enfim, estávamos pensando sobre isso e então lembramos... antes de entrar naquela loja onde o conhecemos, paramos e oramos, pedindo pra Deus nos ajudar e nos guiar nos lugares, uma vez que não conhecíamos bem a cidade. Só havia uma explicação: favor de Deus! Ele não só nos guiou, como colocou no coração desse homem pagar um monte de coisas para nós! Depois, ele nos disse que fazia parte do conselho municipal dos esportes de Nelspruit. Glórias a Deus por esse homem chamado Sham, e pedimos orações por ele, uma vez que não tem Jesus como seu Senhor e Salvador, mas é bem provável que sirva a Alá... (ele nos levou a uma loja de mussulmanos e era bem íntimo deles, por isso supomos que ele também o é. De qualquer forma, sabemos que ele não é cristão...)
Passamos alguns dias na cidade, comprando várias coisas e pudemos conhecer melhor a cidade também! Além de termos conhecido alguns americanos que chegaram na guest house depois e foi uma benção.
Voltamos à Moçambique e graças à Deus na fronteira foi tranquilo e sem estresse, como tinha sido da última vez, quando passamos com a Nina...

Glórias a Deus por mais esses meses do Senhor aqui em Inhambane - Moçambique!

“Aconselho-te que de mim compres colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.” Apocalipse 3:18

terça-feira, 8 de junho de 2010

Grupo de Katy

Recebemos dia 16 de abril, numa sexta-feira, um grupo de sete americanos de uma igreja da cidade de Katy, do estado do Texas - EUA. Essa foi a segunda vez que eles vieram fazer uma "mission trip", uma viagem missionária pra Moçambique. Ano passado, eles estiveram aqui e viram a missão começando, com grupos pequenos, inclusive o segundo domingo de reunião na vila de Magola foi quando eles estavam aqui. Por isso agora, eles estão vendo os frutos de todo o trabaho de quase um ano depois. Então, vamos contar como foram os dias deles aqui...

 -> Assim que eles pousaram, os pegamos no aeroporto e fomos direto para o hospital, onde toda sexta feira os cristãos vão orar pelas crianças na pediatria. Nos encontramos com alguns cristãos que já estavam alí e formamos um grande grupo. Então, pudemos nos dividir e assim, fui com as mulheres (eramos eu, a Monica - uma garota moçambicana-, e as americanas Diane, Jay Jay e Jennifer) na ala da maternidade. Foi a primeira vez que fomos orar na maternidade e foi ótimo! O hospital aqui é muito diferente dos que estamos acostumados no Brasil. Talvez possa ser comparado a um hospital público de uma cidade pequena. A situação é precária mesmo, faltando medicamentos, cuidado dos enfermeiros e até higiene. Dentro dessa situação, tentamos levar um pouco do amor de Jesus às mulheres. Muitas tinham tido o bebê há poucos dias, algumas estavam com dores na gravidez e uma que conhecemos tinha perdido o bebê. Essa em especial foi bem difícil, pois estava deitada, meio dopada de remédios ainda, com um pouco de dor, uma cicatriz enorme na barriga de cima a baixo, estava bem triste e não entendia bem portugês. Foi quando fomos falar com ela. A cumprimentei em português e ela respondeu, então pensei que ela falasse português. Mas quando comecei a explicar o motivo da nossa presença alí, ela disse que não falava inglês. Falou em portugês mesmo, mas não entendeu nada do que eu tinha dito. Tentamos falar um pouco de gitonga, foi quando ela entendeu. Graças a Deus pela Monica que estava ali e falava um pouco do idioma local! Então perguntamos porque ela estava ali e ela disse "bebê morreu". Daí, tentamos falar um pouco de Jesus, que Ele entendia perfeitamente a dor que ela estava sentindo e que só Ele podia consolá-la e coisas assim. Então, eu pedi para a Monica falar que Deus a amava. Então, vimos uma lágrima escorrer do olho dela. Não sabia o que fazer, pois ela não entendia o que eu falava e eu não sabia falar o idioma dela... Mas o que pudemos fazer foi mostrar um pouco de carinho por ela. Um pouco do amor de Deus!
Foi triste, mas continuamos a visitar outros leitos. Fomos em vários, oramos por muitas mulheres e bebês, seguramos alguns no colo... muito especial!
Enquanto isso, os homens estavam na pediatria orando pelos bebês. Muitos bebês têm malária, asma... Muitas mães vêm de longe para o hospital, pois este é o hospital provincial e muitas pessoas são transferidas dos hospitais locais pra este. Então, muitas delas não recebem visitas, nem ajuda com alimentação, roupas, etc. Não podemos fazer muito, mas o que podemos, fazemos.
Logo, fomos direto para uma pousada perto da praia, que ficava perto de onde iríamos trabalhar pelos próximos dias.
Pra quem tem Facebook, aqui está um vídeo do pessoal contando sobre os acontecimentos do dia.


-> No dia seguinte, sábado, foi nosso dia de descanso e ficamos por alí na praia. Glórias a Deus pela Sua maravilhosa criação onde pudemos desfrutar dela...


-> No domingo (terceiro dia), fomos para o culto em Magola eles nos receberam com músicas e danças ao modo e na língua deles. Ficamos dançando, batendo palmas e louvando a Deus com eles. O David e a Jennifer contaram histórias de Jesus enquanto os outros encenavam. 
No sábado, eles tinham ensaiado todas as histórias e decidido quem ia ler primeiro e tal. Foi muito bom, os cristãos de Magola entenderam bem e responderam as perguntas que fizemos no final pra certificar que eles tinham entendido mesmo. Ao final do culto, eles nos serviram feijão cozido, uma espécie de vagem, mas dentro é feijão. Muito gostoso!
Depois, à tarde, tivemos o culto na casa do David, e eles contaram histórias e encenaram novamente. Foi uma benção!


-> Já na segunda (quarto dia), fomos pela manhã orar pelos doentes e conhecer suas casas, na vila de Guinjata, onde já há dois discípulos de Jesus e um ponto de pregação. Fomos guiados por Armindo e Catarina (a história desses novos cristãos, vocês podem acompanhar no próximo post) até as casas das pessoas que eles sabiam que estavam doentes. Um detalhe importante é que antes de irmos nas casas orar, o nosso irmão moçambicano David, ficou sabendo que sua irmã de uns vinte e quatro anos tinha falecido. Foi bem chocante e triste, pois ela estava com tuberculose e sabíamos da doença dela há não muito tempo e então, ao ligar para sua mãe, soube que ela tinha acabado de falecer. Oramos por ele, tentamos dar uma força que às vezes nem sempre sabemos como, e compartilharam com ele alguns ensinos de Jesus sobre ir e pregar o evangelho, e então continuamos com nossa missão alí. Nos dividimos em dois grupos: um estávam Armindo, Luiz, David Ruzicka, Felton e a Jay Jay e no outro éramos Catarina, eu, Jennifer, Diane, David Vigil, Nail e o David moçambicano. Fomos um grupo para cada lado e assim começamos pela casa da Catarina, pois sua avó estava um pouco doente. Oramos pela outra neta que também estava lá com seu bebê e depois perguntamos se o avô , Sr. Mario, também gostaria de oração. Foi então que contextualizei os cristãos sobre a história dele: ele lutou na guerra de independência e provavelmente matou muitas pessoas. Muito sangue derramado para ser redimido e coberto pelo sangue de Jesus. Então, David Vigil começou a dizer algumas coisas sobre Jesus pra ele, enquanto David Cuna (moçambicano) traduzia pra ele. De repente, o Cuna começou a ensinar e pregar de Jesus pro Sr. Mario, e este disse que estava tendo pesadelos com espíritos malígnos. David C., então começou a dizer que quando a pessoa crê em Jesus, é só em Jesus, e não mais nos antepassados e curandeirismo e tal, pois o Sr. Mario tem um cantinho que é dedicado aos antepassados, onde ele faz suas tradições. 
Foi emocionante ver o David C. pregando sobre Jesus logo depois de saber da morte de sua irmã! Então, fomos pra próxima casa, de uma senhora, Dna. Rosta, que vive sozinha com um neto deficiente e não consegue andar direito, somente com muletas, pois não sente firmeza nos pés. Oramos por ela, por ele e fomos pra próxima casa. 
Fomos pra casa de uma mulher que estava com uma gripe forte, com o peito cheio; 
oramos por ela e o Nail fez amizade com suas crianças e começou a quebrar a casca da castanha de caju com elas. Já na próxima casa, fomos orar por uma criança com uma doença muito rara: parece que é hidrocefalia, onde a cabeça começa a crescer muito mais que o corpo. Ele não tem mobilidade com as pernas, mas consegue falar, pensar e até vai na escola, carregado pela mãe. Enquanto orávamos por ele, o David Vigil olhou pra ele e estava com seus grandes olhos e com um grande sorriso olhando pro David (esse foi um comentário emocionante que ele contou mais tarde). 
Voltamos para o nosso ponto de encontro e esperamos ainda o outro grupo voltar que tinha ido na casa da Joana, orar pelo filho dela que estava doente. Ao termino da oração, todos levantaram e foram saindo e o menino levantou e foi pro colo do Luiz. Ficou ali por uns minutos e então eles foram embora. Foi um gesto tão meigo que o Luiz ficou tocado. Na próxima casa, foram orar por uma mulher, Dna. Celina. Depois foram orar pela avó do Armindo, que estava com dores no corpo, talvez sintomas de malária. Já a próxima pessoa foi a Dna. Helena, que perguntou sobre batismo. Então, foram orar pela Dna. Rosta por último; essa vovó recebeu oração dos dois grupos!
Assim que terminaram de orar pelas pessoas, vieram ao nosso encontro e voltamos para a pousada para almoçarmos. Combinamos de voltar pra lá às 16h, para fazermos alguns teatrinhos com ensino, antes de passar o filme da vida de Jesus no campo de futebol.
 Voltamos, fizemos teatrinhos, mas como já estava escurecendo, fomos já para o campo, onde o Scott com alguns cristãos estavam montando os equipamentos para o filme.
Nesse dia, foram mais de 500 pessoas para assistir o filme! Tinha sido anunciado sobre o filme nos jogos durante o fim de semana, por isso, todos estavam lá! Durante todo o filme, relâmpagos e trovões ameaçavam a trazer chuva, mas ficamos o tempo todo em oração pra que não chovesse! E só nos minutos finais começou a cair umas gotas de chuva, isso fez com que as pessoas fossem levantando e indo embora antes do final do filme. Depois do filme, dissemos que quem quisesse orações, pessoas doentes e/ou que quisessem conhecer mais de Jesus, que viesse no lugar combinado (onde geralmente fazemos os cultos) no dia seguinte para orarmos, pois a chuva estava começando a cair.

-> No dia seguinte (terça, quinto dia), fomos pela manhã, fizemos mais alguns teatros, louvamos a Deus com eles e oramos pelas pessoas. Convidamos novamente as pessoas para assistirem o filme, que passaríamos novamente naquela noite.
Dessa vez foram menos pessoas, mas numa estimativa de umas 300 pessoas. No final do filme, oramos novamente pelas pessoas e nos despedimos de Guinjata.
Nesse dia, pela manhã, o David e o José foram para Xai Xai, sua cidade natal, onde estava sendo o enterro (aqui eles chamam de falecimento) de sua irmã. O David foi decidido à pregar o evangelho, e não apenas para enterrar a irmã, para a glória de Deus!


-> Na quarta-feira (sexto dia), viemos com todas nossas coisas da pousada na praia para nossas casas na cidade. E tivemos um acontecimento lindo: cinco pessoas foram batizadas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! 
Foram eles: Alex, Felipe, Silvia e Monica e mais tarde, o Mauro.  Alguns são fruto do English Camp que fizeram ano passado. Glórias a Deus!!
O David Ruzicka, já estava voltando pra sua família, então nos depedimos dele e fomos à tarde para Magola. Pena que o tempo estava um pouco chuvoso e garoando. E no meio do culto, começa a chover pra valer! Algumas pessoas correram para o carro e pra ser rápido, perguntamos se tinham pedidos de orações. E os outros ficaram orando pelas pessoas na chuva mesmo! Voltamos, já acomodamos todos em seus lugares, as mulheres ficaram em nossa casa e os homens, na casa dos Harris. À noite, tivemos um tempo devocional muito bom! Pudemos orar uns pelos outros, compartilhar escrituras... foi demais!


-> Na quinta feira, (sétimo dia) íamos mostrar o filme em Chehenguêne, um bairro aqui na cidade, onde alguns cristãos moram perto. Mas, antes tinham que "abrir espaço" (cortar pedaços de árvore, etc) para as pessoas verem bem o filme. Enquanto eu e a Lisa ficamos em casa lavando as roupas do pessoal, todos os outros foram pro terreno onde iria ser mostrado o filme à noite. 
Fizeram bastante força, enquanto as mulheres ficaram brincando com as crianças que apareceram por alí... Depois, os outros ficavam revezando... trabalhavam um pouco e brincavam um pouco. Assim que voltaram de lá, a Jay Jay não estava se sentindo muito bem, então resolveu ficar em casa ao invés de ir na mostra no filme à noite. 
Fiquei com ela e foi um ótimo tempo de conversa, cumplicidade e oração! Já lá em Chehenguêne foi muito bom, muitas pessoas puderam ver e ouvir a vida e os ensinos do Rei Jesus, apesar das crianças estarem muito agitadas, meio desobendientes.

-> Na sexta feira, iríamos mostrar novamente o filme, mas como estava ameaçando a chover, não mostramos. Até hoje estamos devendo mostrar o filme lá... Iríamos para Massavana também, mas o pessoal de lá teve algum imprevisto e não pode nos receber. Então, descansamos na sexta ao invéz de sábado...


-> Sábado, fomos para Massavana. Passamos um tempo muito bom, apesar de muitos dos que os irmãos conheceram ano passado não estavam lá. Mas louvamos a Deus, fizemos teatrinhos, ouvimos a mensagem e oramos pelas pessoas! As meninas de lá estavam bem empolgadas, cantando e até dançando, glórias a Deus! 
À noite, nos reunimos para um tempo de louvor e adoração com os outros missionários aqui de Inhambane na casa dos Harris.   Estavam além de nós, os Harris e o grupo, a família do Jan e o Eduardo e a Cláudia. Foi um tempo indescritível! 
   ps. Fizemos arroz, feijão e farofa, bem à brasileira! Tentamos fazer uns docinhos, mas o brigadeiro ficou parecendo uma pedra e o beijinho ficou molenga... Ah, valeu a intenção!...


-> No domingo, nos dividimos: um grupo foi para Magola e outro foi para Chehenguêne, na casa do Januário, pela manhã. Lá foi um tanto diferente... Após esperarmos um tempo eles chegarem, começamos a compartilhar da nossa conversão, perguntamos aos cristãos moçambicanos o testemunhos deles... foi um tempo nice (como eles dizem aqui e significa legal). Já em Magola, a saudade bateu ao se despedirem dos cristãos de lá, mas também foi muito bom! 
Pela tarde, nos reunimos na casa do David para o ultimo culto. Fizemos teatrinhos de novo e os cristãos americanos se despediram dos moçambicanos.

Depois dos dias que passamos com o grupo aqui em Inhambane, levamos eles para a África do Sul, pois o vôo deles saía de Johanesburgo. Ficamos o primeiro dia no parque Kruger pra que eles pudessem ver um pouco da maravilhosa obra de Deus. No segundo dia, nos despedimos deles alí mesmo e foi um chororô só! Ah, foi de fato um presente tê-los aqui conosco, um encorajamento sem tamanho! Além do quanto eles foram muito usados por Deus em cada esquete, em cada oração, em cada toque, em cada sorriso para os moçambicanos...Louvamos a Deus por esses irmãos que o Senhor enviou pra cá, mesmo que por um curto período de tempo! O corpo de Cristo está no mundo inteiro!
O nosso amor e gratidão à Jennifer, Diane, Jay Jay, Nail, David Vigil, Felton e David Ruzicka.
Esquerda pra direita: Felton, Diane, Jennifer, David Vigil, Mariah, eu e Luiz, Niall, Gabriel e Lisa. 
Embaixo Jay Jay, Jayden e Scott

Que Deus derrame de Suas bençãos sobre vocês e seus familiares a cada dia que se chama hoje!